A Exteriorização do Pensamento
Lėon Denis, Gabriel DelanneNo mês de junho de 1905, os espiritualistas belgas recebiam em Liège, para participar de seus trabalhos, com o título de Presidente de Honra, aquele a quem já chamavam de “O Apóstolo”. A data do último Congresso realizado em Liège remontava a 30 anos.
No substancioso discurso que Léon Denis pronunciou naquela ocasião, destacou a importância da realização daqueles certames mundiais com maior freqüência:
“Os Congressos são úteis no sentido de que representam uma afirmação de vitalidade de nossos princípios e de nossas crenças.
Os Congressos são úteis porque contribuem para orientar a marcha do Espiritismo.
Neles medimos os progressos realizados. Neles acertam-se as formas de melhor organizar o trabalho de experimentação e de propaganda para torná-lo mais metódico.
Neles se estreitam os laços de solidariedade que unem os espíritas de diversas regiões, de diversas federações.
E cada vez que aqueles que participaram desses Congressos retornam à vida ativa, à luta pelas idéias, eles o fazem com um novo ardor, com uma confiança bem maior.” Depois, entrando no cerne da questão, expunha o que, segundo ele, devia ser o objetivo essencial do Espiritismo. Inicialmente, provocar, pesquisar, coordenar as provas experimentais da sobrevivência, por meio de um controle rigoroso, apoiando-se nos recursos do método e da crítica, desconfiando das afirmações 5 prematuras. Em seguida, preparar, renovar a educação científica, racional e moral do homem em todos os seus ambientes.
“Creio poder dizer que o Espiritismo foi chamado para se tornar o grande libertador do pensamento, há tantos séculos escravizado.
A magnífica obra do Espiritismo será aproximar os homens, as nações, as raças, formar corações e desenvolver as consciências. Mas, para isso é preciso trabalho, perseverança, espírito de devotamento e de sacrifício.”
...